Assessoria de Comunicação Social
Data: 08/03/06 Redatora: Maria AlcinaPipolo(MTBA915)
MP quer garantir reconstituição
do assassinato de Lucas Terra
O promotor de Justiça Oscar Araújo da Silva ingressou na tarde de hoje, dia 8, na Justiça, com um pedido de autorização judicial para ter acesso às dependências dos templos da Igreja Universal do Reino de Deus localizados no Rio Vermelho e na Pituba, visando a realização da reconstituição do assassinato do garoto Lucas Terra, de 14 anos, ocorrido em março de 2001. O coordenador do Centro de Apoio Operacional ao Combate às Organizações Criminosas (Caococ) do Ministério Público baiano buscou a via judicial uma vez que a Universal impediu a realização da reconstituição marcada para a manhã de hoje, informando através de ofício assinado pelo advogado Matheus Cerqueira que disponibilizará o acesso aos templos somente |
no próximo dia 23, “tendo em vista a necessidade de informarmos, com a maior antecedência possível, às centenas de pessoas que freqüentam aquelas igrejas acerca da não realização de seus cultos na referida data”. Oscar Araújo ressalta que “a igreja não pode ditar o prazo de ação do MP e da Polícia”, reafirmando seu propósito de promover com a maior rapidez possível a reconstituição do crime com o pastor Sílvio Galiza. |
Horas antes de dar entrada na autorização judicial, o promotor de Justiça interrogou pela segunda vez em seis dias Sílvio Galiza, desta vez na sede do Ministério Público, ocasião em que o pastor - condenado a 18 anos de reclusão pelo assassinato de Lucas - reafirmou sua inocência, apontando os pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda como os executores do crime, revelando que, no último dia 3, recebeu proposta da Igreja Universal, através do advogado Matheus Cerqueira, “para ficar calado”. Em entrevista coletiva após o depoimento que durou mais de 4 horas, Galiza disse que os prepostos da Universal lhe informariam amanhã o valor em dinheiro da proposta que ele adiantou ter recusado. Reafirmou que se manteve em silêncio porque temia pela vida da sua família, já que Fernando e Joel haviam feito ameaças de morte: “como minha família está agora sob proteção, resolvi contar o que estava guardado há tanto tempo comigo”.
“Eu vi demais”, afirmou Sílvio Galiza, lembrando que um dia depois do desaparecimento de Lucas Terra, em 21 de março de 2001, viu um caixote com marcas de sangue na Igreja da Pituba. Horas depois, foi pegar um documento no carro de Joel e, equivocadamente, abriu o carro de Fernando, quando presenciou que lá estava o caixote com um corpo coberto com um pano, que ele desconfiou ser do garoto. “Sofri várias ameaças”, afirmou Galiza, recordando que anteriormante recebeu outras propostas pelo seu silêncio.
Sílvio Galiza, que se encontra recolhido no Presídio Salvador, foi conduzido ao Ministério Público pelo titular da Delegacia de Homicídios, Kleuber Oliveira Menezes, designado pelo delegado Chefe da Polícia Civil para promover as diligências policiais em conjunto com o MP.
Ascom/MP – Tel: 0**71 3103-6502, 3103-6505 e 3103-6567
1 comentários:
Isso é um absurdo esse cara deveria tá na cadeia faz tempo, mermão, vc tem o número do processo cntgu???
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